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A Bienal de Luanda terá lugar nos dias 22, 23 e 24 de Novembro em Luanda, Angola e o tema principal da terceira edição é “Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento sustentável do continente” e terá como foco principal os aspectos cruciais da educação e o papel fundamental dos jovens enquanto garantes do futuro. A educação tem um papel essencial a desempenhar, não só porque determina o bem-estar geral dos jovens na escola, mas também porque prepara o caminho para um futuro melhor. A educação que recebem é também fundamental para garantir um desenvolvimento económico significativo e sustentável num país. A educação é vital para a construção de um continente e de um mundo melhor e, por isso, deve estar no centro das nossas preocupações.

"A paz é mais do que uma ausência de guerra. Ela significa justiça e equidade para todos como a base para se conviver em harmonia e sem violência, agora, mas ainda mais para os nossos filhos e para as gerações seguintes." Koïchiro Matsuura

Inspirado pela Constituição da UNESCO, o conceito de uma “cultura de paz” foi formulado no Congresso Internacional sobre Paz nas Mentes dos Homens, realizado em Iamussucro, Costa do Marfim, em 1989. À época, a UNESCO e as Nações Unidas, engajadas em um processo que visava a definir, estruturar e depois promover o conceito de uma “cultura de paz e não violência” em todo o mundo, elaboraram um compromisso que, no final da década de 1990, se refletiu na aprovação da Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz.

Os temas da Bienal de Luanda 2023 serão discutidos em formato de painel, com moderadores e oradores, e incluirão assuntos como a participação activa dos jovens na promoção de uma cultura de paz e na condução de transformações sociais em todo o continente. A tecnologia e a educação como instrumentos para alcançar a igualdade de género e o papel das mulheres nos processos de paz, segurança e desenvolvimento são outros tópicos que serão abordados durante o Fórum. 

Os desafios e as oportunidades associados à integração do continente africano e o potencial de crescimento económico também serão discutidos. Além disso, as práticas de financiamento inovadoras no contexto africano, nomeadamente na transformação dos sistemas educativos, serão um ponto fulcral da Bienal. O evento abordará ainda os desafios éticos, o impacto, a adaptação e a vulnerabilidade às alterações climáticas, reflectindo sobre as suas profundas implicações para o continente africano.

Como parte do movimento ResiliArt Global da UNESCO, o ResiliArt Angola é uma co-iniciativa entre a UNESCO, o Governo de Angola e as Escolas Americanas de Angola. Foi lançado sob a égide da 2ª edição da Bienal de Luanda em abril de 2021.

Desde a sua criação em 2021, a ResiliArt Angola orquestrou com sucesso um total de 7 residências artísticas, facilitando assim a participação de cerca de 100 jovens artistas emergentes e consagrados. Além disso, a iniciativa promoveu a curadoria de 11 exposições em Angola e cinco exposições nos EUA. Estes eventos artísticos são organizados sob os temas gobais da paz, igualdade de género e as diversas dimensões da identidade africana.

Durante o mês de Novembro, como antevisão para a Bienal de Luanda 2023 e, em celebração da Independência de Angola a 11 de Novembro, a UNESCO-ResiliArt Angola lançou o projecto Peace Blanket/Manta da Paz. Esta iniciativa tem como objectivo promover a paz e a arte entre os jovens africanos e seus pares globais, envolvendo escolas e o público na criação de diversas obras em tecido que representem a paz.

Essas interpretações individuais da paz serão selecionadas por artistas da ResiliArt e costuradas todas juntas para formar uma Manta da Paz. Os resultados do projecto serão revelados durante a 3ª edição da Bienal de Luanda, de 22 a 24 de novembro de 2023. Países como os Estados Unidos, São Tomé e Príncipe, entre outros também se uniram a Angola na participação desta iniciativa.

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