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Um novo Museu Nacional ressurge das cinzas

A restauração e reconstrução do Paço de São Cristóvão terá o objetivo de integrar ainda mais o museu à comunidade local

Logo após o devastador incêndio que atingiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro em 2018, destruindo grande parte do interior do palácio e sua preciosa coleção, a UNESCO, por meio de seu Escritório em Brasília, tem trabalhado continuamente apoiando a sua restauração.  

  

A UNESCO e o Projeto Museu Nacional Vive escolheram o consórcio H+F Arquitetos e Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano para projetar o design da arquitetura e restauração do novo museu, após um processo de licitação que contou com a colaboração de renomados especialistas das áreas de arquitetura, patrimônio cultural, engenharia e museologia.   

 

“Recebo com entusiasmo esta ação que marca uma etapa decisiva para a reconstrução e restauração do Museu Nacional, uma instituição museológica, científica, educacional e cultural de grande valor para a América Latina e o mundo”.
Ernesto Ottone Ramírez, Diretor-Geral Adjunto para Cultura da UNESCO.

A iniciativa irá devolver para a comunidade um museu de grande relevância cultural e internacional completamente recuperado, de acordo com a (2015). 

 

“Em um tempo em que o mundo está enfrentando uma crise sem precedentes, a busca por cooperação e soluções inovadoras é imperativo para que o Museu Nacional seja aberto ao público o quanto antes”.
Marlova Jovchelovitch Noleto, Diretora e Representante da UNESCO no Brasil.

O arquiteto Pablo Hereñú, que vai coordenar o desenvolvimento do projeto, em nome do consórcio H+F Arquitetos e Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano, destacou:  

 

“Estamos profundamente comprometidos e entusiasmados com esse projeto que visa a restaurar não apenas o Paço de São Cristóvão, mas também do conjunto de espaços livres que o circundam, ampliando a integração do Museu com a Quinta da Boa Vista e organizando um conjunto mais articulado e inclusivo”.
Pablo Hereñú, arquiteto.

O edifício anexo ao palácio terá ainda auditório e salas reservadas para os setores administrativos e técnicos.  

 

Este grande passo dá sequência à missão de especialistas apoiada pelo Fundo de Emergência do Patrimônio da UNESCO, logo após o incêndio de 2018, bem como os esforços conjuntos liderados pela UNESCO e com a ajuda de vários parceiros, que foram apoiados pelo Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauro de Bens Culturais (ICCROM) e pelo governo alemão.  

  
Projeto Museu Nacional Vive  

O Projeto Museu Nacional Vive, criado no ano passado, é resultado de uma cooperação firmada entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a UNESCO, o Instituto Cultural Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reconstrução do Palácio de São Cristóvão e de seu prédio anexo, a reforma da Biblioteca Central e a implementação de um novo campus acadêmico, além do desenvolvimento das novas exposições do Museu Nacional. Contempla ainda ações de mobilização social e de articulação permanente de parcerias para reconstruir e devolver o Museu Nacional/UFRJ à sociedade o mais breve possível.  

O Museu Nacional Vive conta com o patrocínio da Vale, do Bradesco e do BNDES, e com o apoio do Ministério da Educação (MEC), da Bancada Federal do Rio de Janeiro e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele tem também a parceria de instituições como a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN).