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A capacitação e a pesquisa em desenvolvimento sustentável estão entre as prioridades, assim como a educação em direitos humanos, competências para as relações pacíficas, a boa governança, a memória sobre o Holocausto, a prevenção de conflitos e a construção da paz.

Pobreza, desigualdade e injustiça social refleztem a contínua violação dos direitos humanos, incluindo o direito à vida e à segurança.  
 

A questão da violência no Brasil é uma das maiores preocupações da sociedade. Os índices de violência e de insegurança, especialmente nos grandes centros urbanos, aumentaram nas últimas duas décadas. Atualmente, os homicídios são uma das principais causas de morte entre homens jovens de idades entre 15 e 39 anos. Homens e mulheres negros são a maioria das vítimas de violência. 

Além disso, mesmo antes da pandemia de COVID-19, a violência doméstica já era uma das mais significativas violações dos direitos humanos. 

Nas sociedades cada vez mais diversificadas de hoje, a UNESCO continua cumprindo sua missão humanista fundamental de apoiar as pessoas a se entenderem e trabalharem juntas para construir uma paz duradoura.

A paz duradoura assenta em uma teia complexa e frágil de práticas cotidianas inseridas em contextos locais e nos encontros mais efêmeros que os indivíduos e as comunidades mantêm de maneira criativa com a convicção de que constituem as condições sustentáveis para viver juntos com dignidade e prosperidade compartilhada.
 

Os sobreviventes do Holocausto viveram para contar suas histórias. Mas, a cada dia que passa, perdemos algumas destas vozes para o tempo. Já o ódio, infelizmente, persiste através de gerações. Por isso, é fundamental manter a história viva e entender as raízes da intolerância, que geram novos crimes nos dias de hoje. Joshua Strul foi vítima do Holocausto e André Baliera foi vítima de violência baseada em gênero.

A não violência deve ser uma atitude integrada na prática pedagógica inclusiva, e deve envolver todos os funcionários da escola, pais e comunidade envolvente em um trabalho conjunto e compartilhado.

Em um momento de desafios e ameaças mundiais cada vez mais graves e frequentes, como a desigualdade, a exclusão, a violência e o sectarismo agravados por tensões e conflitos locais, que minam a coesão da humanidade, aprender a viver juntos entre todos os membros da comunidade global torna-se mais atual do que nunca.

Os indivíduos tornam-se interculturalmente competentes por meio do aprendizado e da experiência de vida para uma vida bem-sucedida na complexidade moderna de nosso mundo. Consequentemente, tornam-se preparados para valorizar a diversidade e adminstrar os conflitos relacionados a valores do pluralismo e da compreensão mútua.

Embora haja muita informação, tecnologia e conhecimento disponíveis, tornando o mundo cada vez mais interconectado, isso não significa que os indivíduos e as sociedades estejam convivendo com paz e justiça para todos.

A paz é mais do que a ausência de guerra; é conviver com nossas diferenças – de sexo, raça, língua, religião ou cultura – promovendo o respeito universal pela justiça e pelos direitos humanos.

Por isso, é fundamental promover e disseminar valores, atitudes e comportamentos conducentes ao diálogo, à não violência e à aproximação das culturas em consonância com os princípios da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural.