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São Paulo, Brasil
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Programme with speakers
Dia 1 – Quarta-feira, 29 de novembro de 2023
9:00-9:30 – Cerimônia de Abertura
9:30-12:00 – Painel Ministerial: Iguais perante a lei: como o racismo ainda persiste?
Este painel convidará ministros de várias regiões do mundo a discutir como as leis, as políticas e as instituições, incluindo os sistemas judiciais e de aplicação da lei, foram desenvolvidas para criar ambientes favoráveis ao alcance da equidade e da justiça raciais. O painel examinará a eficácia e a sustentabilidade dos marcos nacionais, das ações bilaterais e multilaterais e lançará a Rede da UNESCO de Lideranças contra o Racismo e a Discriminação (UNESCO Network of Anti-Racism and Anti-Discrimination Officials), que servirá como uma plataforma para a troca de experiências e conhecimentos, a fim de promover a colaboração entre as autoridades.
13:30-14:30 – Filtre os dados: os dados sobre igualdade são a resposta?
Pesquisas mostram que dados precisos podem apoiar políticas sociais pertinentes e eficazes. Por outro lado, dados com base em raça também podem resultar em estereótipos e preconceitos, que podem contestar a própria essência de sua institucionalização. Devido ao surgimento da inteligência artificial, este painel desconstruirá os diversos tipos de compilação de dados relacionados com a raça e apresentará a Perspectiva Mundial da UNESCO contra o Racismo e a Discriminação (UNESCO Global Outlook against Racism and Discrimination), que vai explorar as formas como os dados sobre igualdade estão sendo utilizados por acadêmicos e responsáveis políticos.
14:30-15:30 – O custo do racismo: avaliar o que as sociedades têm a perder (e o que já perderam)
Tomando como base um Guia Metodológico e Conceitual que a UNESCO está desenvolvendo com a Brown University, este painel discutirá como o racismo é mensurável no emprego, na educação, no acesso à justiça, na saúde e em outros aspectos, além de estar ligado a outras formas de opressão, como de gênero, classe e sexualidade. O painel tem como objetivo alterar as discussões sobre o antirracismo e a necessidade de políticas públicas corretivas de áreas que vão da moralidade ao desempenho econômico e, portanto, oferecerá um novo ângulo para refletir sobre essas questões e causar fortes impactos no debate público.
16:00-17:00 – É preciso uma comunidade: construir as capacidades da sociedade civil
Do Black Lives Matter ao Stop Asian Hate, do movimento #Me Too ao Fridays for Future, em algumas sociedades têm sido cultivados vínculos mais fortes entre os governos e a sociedade civil, enquanto em outras o espaço cívico tem sido atacado, sociedades em que o racismo institucionalizado tem sido mantido por lideranças populistas. Este painel tem como objetivo apresentar as melhores práticas de parcerias entre o governo e a sociedade civil, as quais produziram resultados na elaboração e na implementação de políticas inclusivas, a fim de promover mudanças genuínas na sociedade.
17:00-18:00 – Desaprender o ódio: Como enfrentar o racismo, o discurso de ódio e os passados violentos por meio da educação?
O enfrentamento do racismo e de todas as formas de intolerância e discriminação começa com o estímulo, entre os estudantes, de valores, atitudes e comportamentos que apoiam a cidadania global responsável e o compromisso com as normas internacionais de direitos humanos. A educação desempenha um papel fundamental nesse sentido. Este painel destacará a importância da Educação para a Cidadania Global, bem como as inovações no campo da educação antirracista para enfrentar os desafios globais e implementar medidas transformadoras para garantir o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz.
Dia 2 – Quinta-feira, 30 de novembro de 2023
9:00-10:00 – Do local ao global: cidades e o papel que desempenham nos esforços mundiais contra o racismo
Devido à proximidade e ao envolvimento ativo com suas comunidades locais, os prefeitos e as lideranças municipais têm uma vantagem única na identificação de ações políticas eficazes para combater o racismo e a discriminação. Em São Paulo, a luta por uma legislação antirracista continua por meio de novas políticas, como a Lei de Crimes Raciais, que responsabiliza os indivíduos em âmbito nacional. Este painel tem como objetivo destacar o papel que os prefeitos e lideranças municipais desempenham na promoção da inclusão por meio do desenvolvimento de políticas.
10:00-11:00 – Resiliência contra o racismo: construir a Alfabetização Midiática e Informacional e a governança de plataformas que respeitam os direitos humanos
As informações transmitidas pela mídia online e pelas plataformas digitais influenciam a maneira como diferentes culturas, religiões e grupos étnicos são percebidos. Portanto, uma compreensão crítica dos possíveis vieses do conteúdo online é indispensável para promover a tolerância, a inclusão social e o diálogo. Este painel explorará as ações da UNESCO para combater o racismo e a discriminação online por meio do aprimoramento das habilidades dos usuários e da promoção de uma governança de plataformas que respeite os direitos humanos.
11:00-12:00 – Racismo, não raça: desvendar a história e a memória
Para entender as realidades contemporâneas do racismo e da discriminação, é fundamental reconhecer a escravidão e o tráfico de escravizados como as raízes das desigualdades políticas, sociais, econômicas e culturais. Este painel examinará as dinâmicas que normalizaram o racismo ao longo dos séculos, com análises históricas complementadas por evidências científicas e biológicas para consolidar o “mito da raça”, inclusive desmascarando teorias pseudocientíficas. Também incluirá o lançamento da versão em português do Volume X da Coleção História Geral da África (Coleção HGA).
13:30 – 14:30 – A cultura “deles” é a nossa cultura: proteção dos direitos dos povos indígenas
Em todo o mundo, a população indígena, que totaliza 476 milhões de pessoas, está distribuída em mais de 90 países e pertence a mais de 5.000 grupos indígenas distintos que falam mais de 4.000 línguas. Infelizmente, a discriminação persiste e faz com que aproximadamente 15% da população global que vive em extrema pobreza seja de origem indígena. Muitas dessas comunidades ainda enfrentam discriminação racial estrutural causada pela colonização histórica e atual. Ao destacar a urgência de enfrentar as desigualdades globais persistentes e os desafios que dos povos indígenas, este painel identificará políticas públicas bem-sucedidas e medidas eficazes que apoiam o bem-estar desses povos e como os governos podem trabalhar junto com eles na implementação dessas políticas.
14:30 – 15:30 – Romper com o status quo: promover a resiliência baseada no gênero
A UNESCO criou o primeiro Marco de Ação de Resiliência com Base em Gênero (Gender-Based Resilience Framework) para esclarecer como as diferenças de possibilidades, oportunidades, papéis, necessidades e limitações moldam e impactam a resiliência de pessoas com identidades de gênero diversas. Este painel tem como objetivo analisar a resiliência por meio de uma lente de gênero que responda à necessidade de ir além da abordagem padrão de enfrentamento ou recuperação de , em direção a uma resiliência transformadora, que se envolva com a complexidade da mudança e aproveite as inter-relações de instituições e indivíduos.
16:00 – 17:00 – Fale diferente: linguagem de gênero e a participação das mulheres no mercado de trabalho
Em todo o mundo, as desigualdades baseadas em gênero no mercado de trabalho continuam a prevalecer, o que ameaça o desenvolvimento sustentável global. A partir do conhecimento obtido por meio de evidências para transformar a elaboração de políticas e fortalecer as estruturas econômicas visando a igualdade de gênero, este painel vai propor uma discussão sobre como a linguagem baseada em gênero afeta a participação no mercado de trabalho e a progressão na carreira das mulheres.
17:00 - 17:30 - Conversa
com o ministro de Consolidação da Paz (Sudão do Sul), Stephen Par Kuol, e Gabriela Ramos, diretora-geral adjunta de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO
17:30 – 18:30 – Caldeirão cultural: otimizar o projeto Arab Latinos!
O projeto da UNESCO "Árabes Latinos!" explora os laços culturais e históricos atuais entre os Estados árabes e a América Latina e Caribe, com o objetivo de combater os estereótipos e a discriminação. Aprofunda-se nas raízes entrelaçadas de "árabes" e "latinos" formadas pelas intersecções transatlânticas, fomentando um diálogo intercultural Sul-Sul contra o racismo. Este painel analisa o Plano de Ação dessa iniciativa de 2022, os resultados da conferência de 2023, com ênfase na tradução literária, na mobilidade artística e no compromisso dos jovens e conclui com recomendações contra o racismo.
Day 3 – Sexta-feira, 1º de dezembro de 2023
9:00 – 10:00 – Fim da discriminação de pessoas com deficiência por meio de políticas mais inclusivas
Em todo o mundo, sociedades equitativas e inclusivas para pessoas com deficiência estão longe de ser uma realidade. Indivíduos com identidades múltiplas e interseccionadas, como raça, classe, gênero, sexualidade e deficiência, enfrentam níveis mais altos de preconceito e marginalização sistêmicos. Este painel abordará até que ponto as estratégias nacionais de inclusão de deficientes implementam os compromissos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD), por meio da Parceria das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (United Nations Partnership on the Rights of Persons with Disabilities – UNPRPD).
10:00 – 11:00 – Direitos trabalhistas e emprego digno para todos: combater o racismo e a discriminação
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11:00 – 12:00 – Vamos conversar: o impacto das narrativas sobre a discriminação contra migrantes
À medida que os migrantes enfrentam preconceito e exclusão, sua integração social e suas contribuições econômicas são prejudicadas, o que enfraquece a coesão social, exacerba as tensões e tem o potencial de alimentar conflitos. Este painel lançará um novo resumo da UNESCO-OCDE sobre a situação de continuidade da discriminação contra as populações migrantes e um novo projeto com a Universidade de Harvard sobre o desenvolvimento de habilidades interculturais para combater o preconceito e os estereótipos que antecedem a discriminação contra os migrantes. O painel mostrará a universalidade do problema e a consequente necessidade de solidariedade e cooperação em âmbito global.
13:30 – 14:30 – Orgulho de nossas leis: avançar nos direitos LGBTQIA+
A violência social, a discriminação e a violência contra a comunidade LGBTQIA+ são comuns em todo o mundo, e os indivíduos LGBTQIA+ se encontram em uma situação particular de vulnerabilidade e marginalização. Este painel examinará de forma abrangente o atual cenário global dos direitos LGBTQIA+ e estabelecerá metas a serem alcançadas por meio da discussão das formas pelas quais a sociedade civil e os ativistas podem ser mais eficazes para obter transformações sociais e legais, e como os formuladores de políticas podem tomar decisões mais fundamentadas para proteger e promover aqueles direitos.
14:30 – 15:30 – Transformar MEN’talities envolver homens e meninos para a igualdade de gênero
Existe um amplo consenso de que os homens e os meninos são os principais atores na abordagem dos impactos nocivos do patriarcado sobre pessoas de todos os gêneros, em todo o mundo. Com base nas iniciativas Transforming MEN’talities da UNESCO, que buscam transformar mentalidades e políticas, este painel se concentrará nos desafios atuais, nas práticas promissoras e nas iniciativas bem-sucedidas identificadas por organizações da sociedade civil (OSC) especializadas, para envolver homens e meninos na igualdade de gênero, com o objetivo de fornecer recomendações concretas e com base em evidências para formuladores de políticas e profissionais da área.
16:00 – 17:00 – A bola está do nosso lado: utilizar o esporte como ferramenta para combater o racismo
O esporte tem o poder de unir as pessoas, promover valores como respeito, solidariedade e jogo limpo (fair play), mas também continua sendo uma plataforma em que persistem o racismo e a discriminação. Este painel criará uma plataforma para que formuladores de políticas, atletas, torcedores e representantes da mídia compartilhem suas pesquisas, experiências, desafios e melhores práticas e, assim, estabeleçam um diálogo e uma colaboração significativos para promover comportamentos positivos e inclusivos por meio do esporte.
17:00 – 18:00 - Reiniciar o sistema: combate ao racismo e à discriminação na IA generativa
As tecnologias de inteligência artificial (IA), desde a onipresença das plataformas de mídia social até o surgimento de modelos de fundação de IA generativa, intensificaram as luzes que incidem sobre o racismo e a discriminação. Este painel destacará os desafios éticos trazidos pela proliferação da IA generativa e mapeará medidas de governança compatíveis com valores, princípios orientadores e ações políticas consagrados na Recomendação para estimular debates sobre como diversas partes interessadas e entidades podem desempenhar papéis fundamentais nesta jornada transformadora.
18:00 – 19:00 – Cerimônia de Encerramento
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