Ciência aberta no Brasil

Last update:25 de Janeiro de 2023

O que é ciência aberta?

O Movimento Ciência Aberta (Open Science) visa a tornar a pesquisa e os dados científicos acessíveis a todos. 

Esse movimento inclui práticas como a publicação aberta de pesquisas científicas, campanhas para o acesso aberto e, em geral, a facilitação da publicação e da comunicação do conhecimento científico. Além disso, inclui outras formas de tornar a ciência seja mais transparente e acessível durante o processo de pesquisa, incluindo a ciência de notebooks abertos (open notebook science), a ciência cidadã (citizen science) e aspectos de softwares de código aberto (open source software) e projetos de pesquisa com financiamento coletivo (crowdfunding).

As muitas vantagens deste movimento incluem as seguintes:

  • Maior disponibilidade e acessibilidade dos resultados de pesquisas científicas financiadas publicamente.
  • Possibilidade de rigorosos processos de revisão por pares.
  • Mais reprodutibilidade e mais transparência dos trabalhos científicos.
  • Maior impacto da pesquisa científica.

A ciência aberta utiliza o predomínio da internet e das ferramentas digitais associadas a ela para permitir uma maior colaboração na pesquisa de âmbito local e mundial. Muitos documentos, organizações e movimentos sociais defendem uma adoção mais ampla da ciência aberta e de dados científicos abertos (open science data). Essas iniciativas promovem o desenvolvimento e a implementação de estratégias de comunicação da pesquisa científica que sejam inclusivas, eficazes e propícias à colaboração e à descoberta em todos os campos científicos.



 

Open Science
local_library

Ciência Aberta é Vida

Em 2020, devido à pandemia de COVID-9, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (), com o apoio da UNESCO no Brasil, criou o portal  para fornecer um diretório científico sobre o coronavirus gratuito e aberto. O portal pode ser acessado em português, inglês e espanhol. 

A Recomendação sobre Ciência Aberta

Para criar um consenso mundial sobre ciência aberta, a elaboração da Recomendação da UNESCO sobre Ciência Aberta se baseia em um processo inclusivo, transparente e consultivo, que envolve todos os países e todas as partes interessadas.

Antes que essa Recomendação fosse aprovada, a UNESCO reuniu insumo de todas as regiões do mundo e de todas as partes interessadas por meio de , e muitos debates sobre as implicações, os benefícios e os desafios da Ciência Aberta em todo o mundo.

Aprovada por seus Estados-membros em 2021, a Recomendação da UNESCO sobre Ciência Aberta define valores e princípios compartilhados para a ciência aberta, assim como indica medidas concretas sobre acesso aberto e dados abertos, com propostas de ação para aproximar os cidadãos da ciência e definir compromissos para melhorar a distribuição e a produção científica em todo o mundo.

A Recomendação da UNESCO sobre Ciência Aberta complementa a Recomendação sobre Ciência e Pesquisa Científica de 2017. Ela também foi construída com base na Estratégia da UNESCO sobre Acesso Aberto à Informação e à Pesquisa e na nova Recomendação da UNESCO sobre Recursos Educacionais Abertos.

Em 2022, a UNESCO no Brasil publicou essa Recomendação em português para promovê-la entre os cientistas, as instituições científicas, a academia, os especialistas e os pesquisadores. 

Implementação da Recomendação sobre Ciência Aberta da UNESCO

A Recomendação afirma a importância da ciência aberta como uma ferramenta vital para melhorar a qualidade e a acessibilidade tanto dos resultados científicos quanto dos processos científicos, para preencher as lacunas de ciência, tecnologia e inovação entre e dentro dos países e para cumprir o direito humano de acesso à ciência.

Sharing data, collaboration in science

Leia mais

Construir sociedades do conhecimento e inovações
Dia Internacional do Acesso Universal à Informação

28 de setembro

Recomendação da UNESCO sobre Ciência Aberta
UNESCO
2021
UNESCO
0000379949
Open Access to Scientific Information

Projeto

A UNESCO apoia a iniciativa brasileira do Repositório de preprints (EmeRI)