Comunicado de imprensa
UNESCO enaltece o compromisso do G20 em priorizar a cultura na formulação de políticas
Os ministros da Cultura do G20 reuniram-se na sexta-feira, em Salvador, Brasil. O encontro resultou em um compromisso conjunto de ampliar os investimentos em políticas culturais, com foco em quatro prioridades: diversidade cultural e inclusão social; ambiente digital e direitos autorais; economia criativa; e preservação, salvaguarda e promoção do patrimônio e da memória cultural.
A cultura é um pilar da construção de sociedades prósperas e pacíficas. É por isso que a UNESCO tem defendido que esse setor seja mais reconhecido nos fóruns multilaterais e nas políticas públicas. Estou satisfeita por isso ter se concretizado em um forte compromisso dos Estados-membros do G20, sob a Presidência do Brasil.
Aproveitando o encontro mundial do G20 em 2023, na Índia, no qual chefes de Estado e de governo solicitaram que a cultura fosse considerada como uma meta independente na Agenda pós-2030, o tema continua sendo um foco prioritário do G20 em 2024. A Presidência do Brasil liderou discussões ambiciosas em áreas como a promoção dos direitos culturais, os impactos da inteligência artificial sobre a diversidade cultural, o trabalho dos artistas e a cultura para a ação climática.
A UNESCO tem contribuído para dar forma a essas discussões no Grupo de Trabalho sobre Cultura, facilitando a construção de um consenso entre os membros e oferecendo percepções de seu trabalho e experiência em Convenções Culturais, projetos no local e participação em outros fóruns multilaterais.
Unanimidade global para colocar a cultura no topo da agenda
Sob a liderança da diretora-geral Audrey Azoulay, nos últimos anos a UNESCO tem trabalhado para colocar a cultura no topo da agenda global. Na Mondiacult 2022 (México), a maior conferência mundial sobre cultura em 40 anos organizada pela UNESCO, pela primeira vez os Estados reconheceram a cultura como um “bem público global”. Esse reconhecimento colocou o setor cultural em destaque e acelerou os compromissos internacionais.
Em setembro de 2024, os ministros da Cultura do G7 aprovaram uma declaração histórica com vistas a fortalecer a proteção dos direitos culturais em toda sua diversidade. Poucos dias depois, na Assembleia Geral das Nações Unidas, os chefes de Estado e de governo conferiram à cultura um lugar de destaque no “Pacto para o Futuro”, incentivando-os a incluir esse setor em suas políticas econômicas, sociais e ambientais, promover o diálogo intercultural e facilitar a cooperação internacional para o retorno e a restituição de bens culturais.
A Declaração de Salvador da Bahia dos Ministros da Cultura do G20 representa um novo e importante impulso, construindo as bases para a próxima Conferência Mondiacult, a ser realizada em 2025, em Barcelona (Espanha), e para o desenvolvimento dos próximos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
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Sobre a UNESCO
Com 194 Estados-membros, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura contribui para a paz e para a segurança, promovendo a cooperação multilateral nas áreas de educação, ciência, cultura, comunicação e informação. A UNESCO coordena uma rede de mais de 2 mil sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, reservas de biosfera e geoparques globais; centenas de cidades criativas, de aprendizagem, inclusivas e sustentáveis; e mais de 13 mil escolas associadas, cátedras universitárias e centros de formação e pesquisa. Com sede em Paris, a Organização conta com escritórios em 54 países e emprega mais de 2,3 mil pessoas. Sua diretora-geral é Audrey Azoulay.
“Uma vez que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”. – Constituição da UNESCO, 1945
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