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UNESCO apresenta pesquisa sobre impactos da pandemia no setor cultural e promove debate em evento virtual
Webinar ResiliArt Brasil acontece no Dia Mundial da Arte (15) e reúne artistas e autoridades para debater os efeitos da crise causada pela COVID-19 nos setores culturais e criativos no país
Artistas, pesquisadores e autoridades se unem para debater os impactos da pandemia nos setores cultural e criativo no país durante o Webinar ResiliArt Brasil, que a UNESCO realiza na próxima quinta-feira (15.04), das 10h às 12h. O evento se insere nas celebrações do Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (2021) e será transmitido pelo . O webinar celebra um ano do movimento global ResiliArt, iniciado no Dia Mundial da Arte em 2020, e marca o lançamento internacional da "Pesquisa de percepção dos impactos da COVID-19 nos setores cultural e criativo do Brasil”.
O encontro virtual será apresentado pela atriz e apresentadora Marina Person e terá como debatedores a cantora Margareth Menezes, o violinista Antônio Nóbrega, a cineasta Laís Bodanzky e o fundador da Central Única de Favelas (Cufa) e CEO da Favela Holding, Celso Athayde. Os artistas e profissionais de cultura irão dialogar sobre os desafios e as saídas para superação da crise, além de compartilhar experiências exitosas durante a pandemia. A abertura será feita pela Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Noleto, e pelo ex-ministro da Cultura do Chile e atual diretor-geral Adjunto de Cultura da UNESCO, Ernesto Ottone.
Para dimensionar a crise provocada pela pandemia nos setores cultural e criativo no país, foi realizada uma pesquisa entre julho e setembro de 2020 em todo o território nacional. O levantamento contou com o apoio da UNESCO no Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC), da Universidade de São Paulo (USP), do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e de 13 Secretarias Estaduais de Cultura. Coordenado pelos pesquisadores Rodrigo Amaral, Pedro Affonso Ivo Franco e André Lira, que vão apresentar os resultados da pesquisa no webinar, o estudo traça um panorama preciso sobre como os trabalhadores da cultura foram afetados pela emergência sanitária que se estende até os dias atuais.
De acordo com o levantamento, as artes cênicas foram as mais afetadas, com a perda total de receita para 63% dos profissionais. Ainda segundo a pesquisa, nesse setor, a maioria dos artistas que atuam na area de circo (77%), em casas de espetáculo (73%) e no teatro (70%) perderam a totalidade de suas receitas entre maio e julho. Entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal registrou as maiores perdas totais de receita entre maio e julho (59,2%), enquanto o Mato Grosso do Sul registrou o menor percentual (16%).
Os pesquisadores latino-americanos Matias Triguboff e Simone Sasso também irão apresentar os resultados de uma pesquisa semelhante conduzida no âmbito do Mercosul, o que permitirá uma análise comparativa entre a situação do Brasil e de outros países da América Latina. O webinar conta ainda com a participação do vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e secretário da Cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha, da Professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), Maria Arminda do Nascimento Arruda, e do Gerente de Cultura do SESC/Departamento Nacional, Marcos Henrique da Silva Rego.
Com o objetivo de divulgar a pesquisa internacionalmente, a Representação da UNESCO no Brasil produziu o em inglês e espanhol, além de português.
ResiliArt
Lançado no dia 15 de abril de 2020, o ResiliArt é um movimento internacional criado pela UNESCO como reação imediata à crise sem precedentes nos setores cultural e criativo provocada pela chegada da Covid-19. Com ele, busca-se dar voz à inquietação de milhares de profissionais das indústrias culturais e criativas que se encontram sem condições de produzir e gerar renda durante a pandemia. Em meio ao caos, o Resiliart promove um importante debate de alcance global com profissionais do setor, ao mesmo tempo em que lança luz sobre os artistas e suas estratégias de resiliência. Em um ano já realizou 240 debates e 110 países aderiram ao movimento.
A crise de saúde provocada pelo novo coronavírus mergulhou a economia global em uma recessão. Enquanto bilhões de pessoas em todo o mundo vêm recorrendo à cultura como fonte de conforto e conexão, o impacto do COVID-19 atingiu fortemente o setor criativo. Artistas de todo o mundo, a maioria dos quais já trabalhava em meio período, de maneira informal ou com contratos precários antes da pandemia, estão lutando para sobreviver. Hoje, vivemos uma emergência cultural. Como a devastação trazida a toda a cadeia de valor da cultura – criação, produção, distribuição, comercialização e acesso – terá um impacto duradouro na economia criativa, o ResiliArt visa a garantir a continuidade dos diálogos, do compartilhamento de dados e dos esforços de advocacy mesmo depois que a pandemia acabar.
Mais informações
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Apresentação e mediação: Marina Person
10h às 10h30: abertura institucional
Marlova Noleto, Diretora e Representante da UNESCO no Brasil e Coordenadora Residente Interina do Sistema ONU.
Fabrício Noronha, vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e secretário da Cultura do Espírito Santo.
Profa. doutora Maria Arminda do Nascimento Arruda, professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Marcos Henrique da Silva Rego, gerente de Cultura do SESC/Departamento Nacional.
Ernesto Ottone, diretor-geral adjunto de Cultura da UNESCO.
10h30 às 11h10: painel de apresentação da pesquisa
Rodrigo Correia do Amaral (Universidade de São Paulo (USP)/Ubá Cultura).
Pedro Affonso Ivo Franco (consultor internacional para as Artes, Cultura e Economia Criativa/UNCTAD).
André Luis Gomes Lira (Cultive Soluções).
Debatedores internacionais:
Dr. Matías Triguboff, coordenador do estudo qualitativo quantitativo Impacto do COVID-19 nas Indústrias Culturais e Criativas: uma iniciativa conjunta entre MERCOSUL, UNESCO, BID, SEGIB e OEI.
Simone Sasso, economista da Divisão de Inovação e Criatividade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington DC.
11h10 às 11h30: debate com artistas
Antônio Nóbrega – Dança e música.
Celso Athayde – Central Única das Favelas (CUFA)/ Favela Holding.
Laís Bodanzky – Audiovisual.
Margareth Menezes – Música.
11h30 às 11h50: perguntas via chat para os artistas
11h50 às 12h: considerações finais dos artistas
12h: encerramento